Oração á Deusa Ishtar
Ó deusa dos
homens, ó deusa das mulheres,
Tu, cujo
desígnios ninguém pode compreender,
Onde olhas com
compaixão o morto vive outra vez,
O doente é
curado, o aflito é salvo de sua aflição.
Eu, teu servo,
pesaroso, em suspiros
E em angústia,
te imploro.
Considera-me, ó
minha senhora,
E aceita a minha
súplica.
Compadece-te de
mim e ouve a minha oração!
Grita para mim
"Basta!" e deixa que
O teu espírito
seja apaziguado.
Por quanto tempo
irá meu corpo, que está cheio
De inquietação e
confusão, lamentar?
Guia meus passos
na luz, que entre os homens
Eu possa
gloriosamente procurar o meu caminho!
Deixa minha
oração e minha súplica chegar a ti,
E deixa tua
grande compaixão cair sobre mim,
Para que aqueles
que para mim olharem,
Possam exaltar o
teu nome,
E que eu possa
glorificar a tua divindade
E o teu poder
diante da humanidade!
DEUSA ISHTAR
Deusa assíria e babilônica, da fertilidade, do amor, do sexo e da
guerra, equivalente da deusa suméria Inana e cognata de Astarte, deusa
semítica. Seu culto envolvia a prostituição sagrada em Uruk, sua cidade
sagrada, conhecida como "a cidade das cortesãs sagradas", onde
Ishtar seria a cortesã dos deuses. Filha Anu, ou Sin, deus dos céus e das
constelações, ela também era cultuada nas cidades de Nínive a Arbela. Seu
símbolo era a estrela de oito pontas e seu portal exibia um leão.
Um dos mais famosos textos
mitológicos sobre Ishtar descreve a sua descida aos infernos, onde chega
e exige que o porteiro abra portões do inferno:
"Se você não abrir os portões para eu entrar,
Quebrarei essa porta destruirei as suas trancas,
esmagarei seus portais e forçarei a entrada.
Trarei os mortos para devorarem os vivos,
e eles superarão os viventes." (M. Jastrow).
O porteiro correu para dizer a Ereshkigal,
a Rainha do mundo inferior que diz a ele para deixá-la entrar, mas
"de acordo com o antigo decreto". Então o porteiro permite a
Ishtar entrar no submundo, abrindo uma porta de cada vez. Em cada portão,
ela tem que tirar uma peça do vestuário e quando ela passa pelo sétimo
portal já está nua. Furiosa, Ishtar se lança contra Ereshkigal, que
ordena a seu servo Namtar para aprisioná-la e desencadear sessenta
doenças contra ela.
O texto épico de Gilgamesh contém um episódio onde Ishtar aparece,
retratando-a como mal humorada, petulante e mimada pelo pai.
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