Os
Rituais Wiccanos
O bruxo tem algumas obrigações, entre elas, comemorar as estações do
ano, e os ciclos da Lua. As comemorações dos ciclos lunares, são chamadas
Esbats, e as celebrações do movimento da terra em volta do Sol - as
estações - são chamados sabbaths. Os esbats são festejados a cada
primeira noite de Lua cheia e os
Sabbaths são comemorados seguindo a Roda do Ano, que é marcada por oito datas:
Yule ou Solstício de Inverno
- Representa o nascimento do Deus. É a noite mais escura do ano, e
marca o apogeu da escuridão na Terra. Por outro lado, é o primeiro dia de
sua decadência, pois a Criança Sagrada, o Menino Sol nasce trazendo a Luz
ao Planeta. Assim, também marca o retorno da força solar. Em Yule é tempo de celebrar o início de todas as
coisas e devemos meditar sobre novos projetos, novos amores, nova
vida. É celebrado a 21 de junho no Sul e 21 de Dezembro no Norte. É desta
data antiga que se originou o Natal Cristão. Nesta época, a Deusa dá à
Luz o deus, que é reverenciado como
Criança Prometida. Em Yule é tempo de reencontrarmos nossas esperanças,
pedindo para que os Deuses rejuvenesçam nossos corações e nos dêem forças
para nos libertarmos das coisas
antigas e desgastadas. É hora de descobrirmos a criança dentro de nós e
renascermos com sua pureza e alegria. Coloque flores e frutos da
época do altar. Se quiser, pode fazer uma árvore enfeitada, pois está é a
antiga tradição "pagã", onde a árvore era sagrada e os meses do
ano tinham nomes de árvores. Esta é a noite mais longa do ano, onde a
Deusa é reverenciada como a Mãe da Criança Prometida ou do Deus Sol, que
nasceu para trazer Luz ao mundo. Da mesma forma, apesar de todas as dificuldades, devemos sempre
confiar em nossa própria luz interior.
Imbolc ou Candlemas
- Imbolc
vem para confirmar Yule. A Deusa retorna ao seu povo em Imbolc, novamente virgem, trazendo com ela
novas esperanças, nova promessa de vida. O Deus agora já não é mais uma
criança, e agora se apresenta como um belo jovem, que com o passar dos
dias se fortifica. Em Imbolc devemos nos livrar de tudo o que é velho e
desgastado para darmos lugar ao novo. É comemorado a 1 de agosto no Sul e
02 de Fevereiro no Norte.
Este Sabá é dedicado à Deusa Brigit,
Senhora da Poesia, da Inspiração, da Cura, da Escrita, da Metalurgia, das Artes marciais e
do Fogo. Nesta noite, as Bruxas colocam velas cor de laranja ao redor do
círculo, e uma vela acesa dentro do Caldeirão. Se o ritual é feito ao ar
livre, pode-se fazer tochas e girar ao redor do círculo com elas. A Bruxa
mais jovem da Assembléia pode representar Brigit, entrando por último no círculo para acender, com sua
tocha, a vela do caldeirão, ou a fogueira, se o ritual for ao ar
livre, o que representaria a Inspiração sendo trazida para o círculo pela
Deusa. Os membros do Coven devem fazer poesias, ou cantar em homenagem a
Brigit. Pedidos, agradecimentos ou poesias devem ser queimados na
fogueira ou no caldeirão em oferenda, no fim do ritual. O Deus está
crescendo e se tornando mais forte, para trazer a Luz de volta ao mundo.
É hora de pedirmos proteção para todos os jovens, em especial da nossa
família do Coven. Devemos mentalizar que o Deus está conservando sempre
viva dentro de nós a chama da Saúde, da coragem, da ousadia e da juventude. O altar deve ser enfeitado com flores
amarelas, alaranjadas ou vermelhas.
A consagração deve ser feita pelos membros mais jovens do Coven.
Ostara ou Equinócio de Primavera
- Em Ostara, comemoramos o primeiro dia de Primavera. Na natureza tudo desabrocha: a Deusa cobre a
terra com um manto de fertilidade e, juntamente ao Deus, estimula
todos os seres vivos a reprodução. O Deus, agora mais maduro está cada
vez mais forte. É tempo de enfeitar o altar com flores e frutos da época.
É comemorada a 21 de setembro no Sul ou 21 de Março no Norte. Ostara é o
Festival em homenagem à Deusa Oster, senhora da Fertilidade, cujo símbolo
é o coelho. Foi desse antigo festival que teve origem a Páscoa. Os
membros do Coven usam grinaldas, e o Altar deve ser enfeitado com flores
da época. É um costume muito antigo colocar ovos pintados no Altar. Eles simbolizam a fecundidade e a
renovação. Os ovos podem ser pintados crus e depois enterrados, ou
cozidos e comidos enquanto mentalizamos nossos desejos. Nesse caso, não
utilize tintas tóxicas, pois podem
provocar problemas se ingeridas. Use anilinas para bolo, ou cozinhe os
ovos com cascas de cebola na água, o que dará uma bela cor dourada. Antes
de comê-los, os membros do Coven devem girar de mãos dadas em volta
do Altar para energizar os pedidos. Os ovos devem ser decorados com símbolos mágicos, ou de acordo
com a sua criatividade. Os pedidos devem ser voltados à "fertilidade" em todas
as áreas.
Beltane
- É o período de em que o Deus torna-se sexualmente maduro. Agora,
ele é um Homem que apaixona-se pela
Deusa, que juntos fazem Amor pelos campos - A Sagrada União, que tudo fecunda.
O Caldeirão deverá estar cheio d'água em Beltane, com flores boiando
dentro. Também deve-se erguer um pau,
tronco ou bambu e amarrar em sua extremidade mais alta fitas de várias cores.
Cada um deve pegar uma ponta da fita, e todos devem girar enrolando-a. O
bambu representa o fallus do Deus - seu órgão genital. Beltane é
comemorado a 31 de Outubro no Sul ou 01 de Maio no Norte. Beltane é o
mais alegre e festivo de todos os Sabás. O Deus, que agora é um jovem no
auge da sua fertilidade, se apaixona
pela Deusa, que em Beltane se apresenta como a Virgem e é chamada "Rainha de Maio". Em Beltane se
comemora esse Amor que deu origem a todas as coisas do Universo. Beleno é a face radiante do Sol,
que voltou ao mundo na Primavera. Em Beltane se acendem duas fogueiras,
pois é costume passar entre elas para se livrar de todas as doenças e energias
negativas. Nos tempos antigos, costumava-se passar o gado e os animais
domésticos entre as fogueiras com a mesma finalidade. Daí veio o costume
de "pular a fogueira" nas festas juninas. Se não houver espaço,
duas tochas ou mesmo duas velas podem ter a mesma função. Deve-se ter omaior cuidado para evitar acidentes.
Uma das mais belas tradições de Beltane é o Maypole, ou Mastro de
Fitas. Trata-se de um mastro enfeitado
com fitas coloridas. Durante um ritual, cada membro escolhe uma fita de
sua cor preferida ou ligada a
um desejo. Todos devem girar trançando as fitas, como se estivessem
tecendo seu próprio destino, colocando-nos sob a proteção dos
Deuses. É costume em Wicca jamais se casar em Maio, pois esse mês é dedicado ao casamento do Deus e da Deusa.
Litha ou
Solstício de Verão
- É comemorado a 21 de dezembro no Sul ou 21 de Junho no Norte.
Agora, toda a Terra encontra-se banhada pela Fertilidade da Deusa e do
Deus. Este, está no auge de sua força, fazendo com que os dias sejam
maiores do que as noites. Devemos nos lembrar porém, que se aproxima o momento dele começar a
definhar. Em seu altar, coloque ervas solares e Girassóis, para
representar a potência do Deus. Em Beltane, louvamos a Deusa em seu
aspecto de Gaia, a Mãe Terra, e o Deus em seu aspecto de Deus Sol.
Nesse dia o Sol atingiu a sua plenitude. É o dia mais longo do ano. O
deus chega ao ponto máximo de seu
poder. Este é o único Sabá em que às vezes se fazem feitiços, pois o seu
poder mágico é muito grande. É hora de pedirmos coragem, energia e
Saúde. Mas não devemos nos esquecer que, embora o Deus esteja em sua
plenitude, é nessa hora que ele começa a declinar. Logo Ele dará o último beijo em sua amada, a Deusa, e
partirá no Barco da Morte, em busca da Terra do Verão. Da mesma forma, devemos ser humildes para
não ficarmos cegos com o brilho do sucesso e do Poder. Tudo no
Universo é cíclico, devemos não só nos ligarmos à plenitude, mas também
aceitar o declínio e a Morte. Nesse
dia, costuma-se fazer um círculo de pedras ou de velas vermelhas. Queimam-se
flores vermelhas ou ervas solares (como a Camomila) juntamente com os
pedidos no Caldeirão.
Lammas ou Lughnasadh
- Celebrado a 2 de fevereiro no Sul ou 01
de Agosto no Norte. É o período da
colheita, quando a Natureza mostra seus frutos. O Deus gradativamente
enfraquece, e a Deusa observa a queda
de seu amante, sabendo que, dentro dela, ele vive como semente. Aos poucos as noites começam a ficar mais
longas, devido ao enfraquecimento do Sol. No altar, devemos
depositar ramos de trigo e espigas de milho. Na noite de Lammas, deve ser
servido pães e bolos. É tempo de colher o resultado de nossas ações e de
agradecer por dádivas alcançadas. Lughnasad
era tipicamente uma festa agrícola, onde se agradecia pela primeira
colheita do ano. Lugh é o Deus Sol. Na Mitologia Celta, ele é o
maior dos guerreiros, que derrotou os Gigantes, que exigiam sacrifícios
humanos do povo. A tradição pede que sejam feitos bonecos com espigas de milho ou ramos de trigo representando os
Deuses, que nesse festival são chamados Senhor e Senhora do Milho.
Nessa data deve-se agradecer a tudo o que colhemos durante o ano, sejam
coisas boas ou más, pois até mesmo os
problemas são veículos para a nossa evolução. O outro nome do Sabá
é Lammas, que significa "A Massa de Lugh". Isso se deve ao
costume de se colher os primeiros
grãos e fazer um pão que era dividido entre todos. Os membros do Coven devem
fazer um pão comunitário, que deverá ser consagrado junto com o vinho e
repartido dentro do círculo. O
primeiro gole de vinho e o primeiro pedaço de pão devem ser jogados
dentro do Caldeirão, para serem queimados juntamente com papéis,
onde serão escritos os agradecimentos, e grãos de cereais. O boneco
representando o Deus do milho também é queimado, para nos lembrar de que
devemos nos livrar de tudo o que é antigo e desgastado para que possamos
colher uma nova vida. O Altar é
enfeitado com sementes, ramos de trigo, espigas de milho e frutas da
época.
Mabon ou Equinócio de Outono
- Acontece a 21 de março no Sul ou 21 de Setembro no Norte. Acolheita iniciada em Lammas agora atinge seu
ponto máximo. Os dias e as noites são de igual duração, e o Deus
prepara-se para partir à Terra da Juventude Eterna, onde irá descansar e
recobrar suas forças. Esse fenecimento pode ser visto também na Natureza,
que prepara-se para a chegada do Inverno. Nesse período, o altar deve
conter folhas de plantas da estação, e alguns frutos. O Deus agora é
louvado em seu aspecto de semente e a Grande Mãe em seu aspecto de
Provedora. No Panteão Celta, Mabon,
também conhecido como Angus, era o Deus do Amor. Nessa noite devemos pedir harmonia no Amor e proteção
para as pessoas que amamos. Está é a segunda colheita do ano. O
Altar deve ser enfeitado com as sementes que renascerão na primavera. O
chão deve ser forrado com folhas secas. O deus está agonizando e logo
morrerá. Este é o Festival em que devemos pedir pelos que estão doentes e
pelas pessoas mais velhas, que precisam de nossa ajuda e conforto. Também é nesse festival que
homenageamos as nossas Antepassadas Femininas, queimando papéis com seus nomes no
Caldeirão e lhes dirigindo palavras de gratidão e bênçãos.
Samhain, Dia das Bruxas ou Halloween
- Comemorado a 1 de maio no Sul ou 31 de Outubro no Norte, marca a
ida do Deus ao Reino dos Mortos. É o ponto auge da Roda do Ano e é
considerado o Ano Novo pagão. Nessa
data a barreira entre os mundos está mais fraca, facilitando assim, o contato
com entes queridos que já se foram. Métodos Divinatórios devem ser
praticados nessa noite e o altar deve conter folhas de cipreste,
abóboras, velas negras e laranjas. Em Samhain é tempo de reflexão: de olharmos para nossos atos e
compreendermos o significado de nossas experiências. Apesar de ser
a noite da partida do Deus, não deve ser encarado com tristeza - Ele
ainda vive dentro da Deusa como seu
filho: É a esperança, a promessa de luz, que se concretizará em Yule. Este
é o mais importante de todos os Festivais, pois, dentro do círculo, marca
tanto o fim quanto o início de um novo ano. Nessa noite, o véu entre o
nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal
para nos comunicarmos com os que já partiram. As bruxas não fazem rituais
para receber mensagens dos mortos e muito menos para incorporar
espíritos. O sentido do Halloween é
nos sintonizarmos com os que já partiram para lhes enviar mensagens de
Amor e harmonia. A noite do Samhain é uma noite de alegria e festa, pois
marca o início de um novo período em nossas vidas, sendo
comemorado com muito ponche, bolos e doces. A cor do sabá é o negro, sendo o Altar adornado com maçã, o
símbolo da Vida Eterna. O vinho é substituído pela sidra ou pelo
suco de maçã. Deve-se fazer muita brincadeira com dança e música. Os
nomes das pessoas que já se foram são
queimados no Caldeirão, mas nunca com uma conotação de tristeza.
No Altar e nos Quadrantes não devem faltar as tradicionais Máscaras de
Abóbora com velas dentro. Antigamente, as pessoas colocavam essas
abóboras na janela para espantar os maus espíritos e os duendes que
vagavam pelas noites do Samhain. Essa palavra significa "Sem
Luz", pois, nessa noite, o Deus morreu e mundo mergulha na
escuridão. A Deusa vai ao Mundo das Sombras em busca do seu amado, que
está esperando para nascer. Eles se amam, e, desse Amor, a semente da luz
espera no Útero da Mãe, para renascer no próximo Solstício de Inverno
como a Criança da Promessa. A Roda
continua a girar para sempre. Assim, não há motivo para tristezas, pois
aqueles que perdemos nessa vida irão renascer, e, um dia, nos
encontraremos novamente, nessa jornada infinita de evolução. Há
muita divergência quanto à pronúncia da palavra, mas acredito que seja
Sal-Uin (Sow-ween).Essa é a noite em
que a barreira entre nosso mundo e o mundo dos espíritos fica mais fina.
É quando o Deus Cornudo se sacrifica para se tornar a semente de
seu próprio renascimento em Yule.É quando os pastores recolhem o gado e o
povo esconde-se em casa, fugindo da época mais escurado inverno. A data
marca o fim (e o início) do calendário Celta. É celebrada pelos Cristãos
como o Dia das Bruxas, o famoso Halloween (All hails eve). A noite de Samhain
ou Halloween se encontra no meio
exato entre o Ano que se vai e o que vem pela frente, e é, portanto, uma
data atemporal.
Um antigo costume de Samhain na Bélgica
era o preparo de “Bolos para os Mortos” especiais(bolos ou bolinhos
brancos e pequenos). Comia-se um bolo para cada espírito de acordo com a crença de que quanto mais bolos
alguém comesse, mais os mortos o abençoariam.
Outro costume de Samhain era acender um
fogo no forno de casa, que deveria queimar continuamente,
até o primeiro dia da Primavera seguinte. Eram também acesas, ao
pôr-do-sol, grandes
fogueiras no cume dos morros em honra aos antigos deuses e deusas, e para
guiar as almas dos mortos aos seus parentes.
As Artes Divinatórias, como observação da
bola de cristal e o jogo de runas, na noite mágica deSamhain, são
tradições Wiccans, assim como ficar diante de um espelho e fazer um
pedido secreto
Comemorando o Samhain
Deposite sobre o altar maçãs, romãs,
abóboras e outros frutos do fim do outono. Flores outonais como Madressilva e crisântemos
também são indicados. Escreva num pedaço de papel um aspecto de sua vida do qual deseja livrar-se, um
sentimento negativo ou um hábito ruim, doenças. O caldeirão deve estar presente no altar. Um
pequeno prato com o símbolo da roda de oito aros também deve estar
presente. Antes do ritual sente-se em silêncio e pense nos amigos e nas
pessoas amadas que não mais estão entre nós. Não se desespere. Saiba que
partiram para coisas melhores. Tenha
firme em mente que o plano físico não é a realidade absoluta, e que a
alma jamais morre. Prepare o altar, acenda as velas e o incenso,
crie o círculo. invoque a Deusa e o Deus. Erga uma das romãs e com sua recém lavada faca de cabo
branco, perfure a casca da fruta.
Remova diversas sementes e
coloque-as no prato com o desenho da roda. erga seu bastão, volte-se para
o altar e diga;
Nesta noite de Samhain assinalo sua passagem,
Ó rei Sol através do poente ruma à Terra da Juventude.
Assinalo também a passagem de todos os que já partiram,
E dos que irão
posteriormente. Ó Graciosa Deusa,
Eterna Mãe, que dá à Luz os caído,
Ensina-me a
saber que nos momentos de maior escuridão
Surge a mais intensa luz.
Prove as sementes de romã; parta-as com seus dentes e saboreie seu
gosto agridoce. Olhe para o símbolo de oito aros no prato; a roda do ano o ciclo das estações o
fim e o início de toda a criação. A
venda um fogo dentro do caldeirão, uma vela serve. Sente-se diante dele,
segurando o papel, observando
suas chamas. Diga:
Ó Sabia Lua,
Deusa da noite estrelada,
Criei este fogo
dentro de seu caldeirão
Para transformar
o que me vem atormentando.
Que as energias se revertam:
Das trevas ,luz!
Do mal, o bem!
Da morte, o nascimento!
Ateie fogo ao
papel com as chamas do caldeirão e jogue-o em seu interior. Enquanto
queima, saiba que o mal diminui,
reduzindo-se e finalmente o abandonando ao ser consumido pelos fogos universais.
Se quiser pode utilizar métodos para adivinhar o futuro e ver o passado.
Tente regressar a vidas passada se
quiser. Mas deixe os mortos em paz. Honre-os com suas memórias mas não os
chame até você. Libere quaisquer dores
e sentimentos de perda que possa sentir nas chamas do caldeirão.
Trabalhos de magia, se necessários podem-se seguir. Celebre o banquete
Simples. O círculo está
desfeito.
Alimentos tradicionais
Maças, romãs,
torta de abóbora, avelãs, Bolos para os Mortos, beterrabas, nabos, milho,
castanhas, gengibre, sonhos e bolos de amoras silvestres, cerveja, sidra
e chás de ervas.
Incensos
Maça, menta, noz-moscada e sálvia.
Cores das velas
preta e laranja
Pedras preciosas
Todas as pedras negras, especialmente azeviche, obsidiana e ônix.
Anéis dos Desejos de Halloween
Vários dias
antes do Halloween, faça três anéis de palha ou feno trançado. Pendure-os
nos arbustos fora de sua janela e faça um desejo a cada anel enquanto o
pendura. Após isso, não torne a olhar para
os anéis até a noite de Halloween, ou seus desejos não serão realizados.
História do Dia das Bruxas
O Dia das Bruxas
é anualmente celebrado. Mas como e quando este costume peculiar se
originou ? É, como alguma reivindicação, um tipo de adoração de demônio?
Ou é isto só um vestígio inocente de alguma cerimônia pagã antiga? A
palavra propriamente, "Dia das Bruxas," tem realmente suas
origens na Igreja católica. Vem de uma corrupção contraída do dia 1 de
novembro, "Todo o Dia de Buracos" (ou "Todo o Dia de
Santos"), é um dia católico de observância em honra de santos. Mas,
no século 5 DC, na Irlanda Céltica, o verão oficialmente se concluía em
31 de outubro. O feriado era Samhain chamado (semeie-en), o Ano novo
Céltico. Uma história diz isto: Naquele dia, todos aquele que houvesse
morrido ao longo do ano anterior voltaria à procura de corpos vivos para
possuí-los para o próximo ano. Acreditava-se ser seu para avida após a morte, (Panati). Os celtas
acreditaram em todas as leis de espaço e tempo, o que permitia que o mundo dos espíritos se
misturassem com o dos vivos, (Gahagan). Naturalmente, o ainda
vivos não queriam ser possuídos. Então na noite de 31 de outubro, os
aldeões extinguiriam os fogos em suas casa. Eles iriam se vestir com
fantasias e ruidosamente desfilavam em
torno do bairro, sendo tão destrutivos quanto possível, a fim de assustar
os que procuravam corpos para
possuir, (Panati). Provavelmente, uma explicação melhor de por que os
celtas extinguiram o fogo, era
para não desencorajar possessão de espírito, mas de forma que todas as
tribos Célticas pudessem reacender seus fogos de uma fonte comum, o Druidic
era mantido em chamas no Meio da Irlanda, em Usinach, (Gahagan).Os
Romanos adotaram as práticas Célticas como suas próprias. Mas no primeiro
século DC, eles abandonaram qualquer
prática de sacrifício de humanos a favor de efígies em chamas.
Como convicção em possuir o espírito, a prática de vestir-se bem como
fantasmas, e bruxas empreendia um
papel mais cerimonial. O costume de Dia das Bruxas foi trazido para a
América na1840, por imigrantes irlandeses fugindo da escassez de comida
do seu país. O costume de doce ou travessura não foi originado pelos
celtas irlandeses, mas com um novo costume do século europeu chamado
Souling. Em 2 de novembro, Dia de Todas as Almas, primeiros cristãos
caminhavam de aldeia em aldeia pedindo
"bolos de alma," pedaços quadrados compreendidos de pão com
groselhas. Quanto mais bolos de alma os mendigos recebessem, quanto mais
orações, eles prometiam dizer rezas em nome dos parentes mortos
dos doadores. No momento, acreditava-se que o morto permanecia no limbo
por um tempo depois de morte, e aquela oração, até por estranhos, dava passagem de uma alma para céu. Os da vela na abóbora provavelmente vem de
folclore irlandês. Como o conto é informado, um homem chamado
Jack, que era notório como um bêbedo e malandro, enganara Satã ao subir
uma árvore. Jack então esculpiu uma imagem de uma cruz no tronco da
árvore, prendendo o diabo para cima a
árvore. Jack fez um acordo com o diabo, se ele nunca mais o tentasse
novamente, ele o deixaria árvore abaixo. De acordo com o conto de
povo, depois de Jack morrer, ele a entrada dele foi negada no Céu, por
causa de seus modos de malvado, mas ele teve acesso também negado ao
Inferno, porque ele enganou o diabo. Ao invés, o diabo deu a ele uma
brasa única para iluminar sua passagem para a escuridão frígida. A brasa
era colocada dentro de um nabo para manter por mais tempo. Os nabos na Irlanda eram usados como seu "lanternas do
Jack" originalmente. Mas quando os imigrantes vieram para a
América, eles acharam que as abóboras eram muito mais abundantes que nabos. Então os jack-e-Lanterna na América
era em uma abóbora, iluminada com uma brasa. Então, o Dia das
Bruxas foi adotado como favorito "feriado" . Cresceu fora das
cerimônias de celtas celebrando um ano
novo, e fora de cerimônias de oração Medievais de Européias.
Um Conto de Samhain
Lyla sentou-se
no chão e olhou para o céu claro, limpo e estrelado. O reflexo da Lua
cheia na água fez Lyla pensar numa pérola. Redonda e branca... mas logo
as crianças chegaram, e sentaram ao seu redor,
interrompendo seus pensamentos. Sorrindo, Lyla olhou para cada uma deles.-
'Comecemos? Vou contar para vocês a estória de como o Cornudo se
sacrifica todos os anos para garantir
força à Grande Mãe, para que esta possa vencer o frio do Inverno. Estão
prontos?' As crianças
acalmaram-se para ouvir Lyla.- 'Não foi a muito tempo que
aconteceu. O Sol sumia no Oeste, e as aves noturnas já deixavam seus ninhos, umas ameaçando cantar. Debaixo das
árvores, correndo para suas tocas, os pequenos animais
apressavam-se, fugindo do frio cortante que se faria presente em pouco
tempo. Aquela era a época do Cornudo, e só as criaturas mais fortes
sobreviveriam a inverno tão rigoroso. O Sol baixou, baixou, até que só se
via uma fina linha de separação entre céu e Terra no horizonte, e tudo
ficou avermelhado, com um ar mais mágico. E então, a luz se foi. A Lua
estava crescente no céu, e um vento gelado começou a correr por entre os
troncos seculares das árvores. Ouve-se, agora, o som de uma flauta...som tão límpido e cristalino,
que a superfície do lago, antes parada, tremulou ao som da melodia
alegre. Todos os animais da
floresta pararam para ouvir o som da flauta, e mesmo as aves noturnas cessaram
seu canto orgulhoso. E por entre as árvores, a flauta se fez ouvida em
toda a floresta. E mais nada, além do
som doce da flauta.
Atravessando o lago, um pouco depois do Grande Carvalho, estava a
fonte de tal encantamento. Sentado numa pedra coberta de limo, balançando
ao som da flauta de bambu, um ser robusto, com tronco e cabeça de homem, pernas cobertas de pêlo, cascos de
cavalo e grandes chifres pontiagudos. Observava a donzela que
dançava ao som de sua música, logo à sua frente. Tinha longos cabelos
claros, lisos, que escorriam até a altura da cintura. Os fios sedosos
acompanhavam os movimentos da dança, pés habilidosos moviam-se descalços
sobre a grama. A Deusa nunca havia estado tão bela quanto naquela noite. Os dois
brincavam nus, na noite fria da floresta, e alguns animais se juntavam ao
redor da clareira. Cansada, a Donzela
sentou-se, e olhando para o Cornudo, esperou que a música acabasse.
Quando o Deus afastou a flauta de seus lábios, as figuras dos
animais e da Donzela desapareceram ... meras lembranças. A Deusa agora recolhia-se grávida no Mundo
Subterrâneo, guardada por seus familiares, pronta para dar à luz
dentro de tão pouco tempo. Era
necessário que o Sol Novo nascesse. O Cornudo levantou-se com tristeza e
caminhou até o lago, para observar seu reflexo. Já estava velho e fraco,
mas ainda continha grande energia ...energia necessária para que a
Deusa agüentasse o parto que se seguiria em menos de dois meses. Já não podia continuar a viver ... a Terra
precisava de seu sangue, e o Sol Novo de sua energia. Um grito
ecoou em sua mente: a Deusa sofria. Aquele era o momento certo. O Cornudo
olhou para os céus, e olhando para a mata, despediu-se de sua casa.
Tambores rufaram quando Ele ergueu suas mãos
e pronunciou as palavras secretas. Houve uma explosão, e Ele desapareceu.
Aqui, numa clareira nas montanhas, já distante da floresta,
ouviam-se os tambores de guerra. Uma música rápida e repetitiva tornava o
ar agressivo. Também com uma explosão, o cornudo surge no centro do
círculo, um olhar decidido em seu rosto. O Velho Cornudo tinha agora em
suas mãos uma adaga ritual, e quando Ele a levantou apontada para seu
peito os tambores cessaram. Cernunnos fechou os olhos, e o momento se fez
silencioso ...aqueles segundos
duraram milênios ... O Cornudo levou a adaga a seu peito, e os tambores
voltaram a tocar. Quando a
lâmina fria rasgou a carne do Deus, não houve um grito, sequer um
sussurro de dor ...apenas o som do sangue derramando-se sobre a
terra. O Cornudo ajoelhou-se, com calma em seu olhar. Com as próprias mãos, abriu a ferida para que os espíritos
recolhessem o sangue. Quando o
círculo tornou-se silencioso novamente, e todos os espíritos partiram, o
Deus deitou evirou-se para as estrelas, e esperou que a paz voltasse a
reinar sobre a floresta. Ainda sentia o sangue escorrendo para fora de
seu corpo, e regando o círculo sagrado em que repousaria para sempre.E
do solo, ou talvez de lugares além das estrelas mais distantes, elevou-se
um cântico, murmurado e pausado ... talvez fossem as pequenas criaturas
do subsolo, ou ainda as estrelas, despedindo-se de seu Deus.
"Hoof and Horn, Hoof and HornAll that Dies Shall be Reborn.Corn
and Grain, Corn and GrainAll that
Falls Shall Rise Again."
O Cornudo morreu sorrindo, sabendo ser a semente de seu próprio
renascimento. E Ele pode sentir sua energia retornando ao útero da Grande
Mãe, que agora deixava de sofrer... Os espíritos, então, romperam a
barreira entre os dois mundos, e caminharam por sobre a Terra, espalhando
o sangue e a força do Deus, para que pudéssemos sobreviver através dos
tempos difíceis que se aproximavam.'Lyla
limpou uma lágrima que escorria de seu rosto. As crianças ainda ouviam
atentas. 'É por isso que os espíritos vêm ao nosso mundo nessa
noite tão escura ... Eles trazem consigo um pouco do sangue do Deus
Cornudo, que só renascerá no Solstício de Inverno. Trazem conselhos, proteção e promessas de que nos irão guiar
durante todo o período escuro do ano. Devemos, portanto, saudar os espíritos, porque, sem
eles, a semente do renascimento não seria espalhada. Agora vão
para a Casa Grande, vamos começar o ritual.'Lyla deixou que as crianças corressem na frente em direção à Casa
Grande. Parou no meio do caminho, e deixou que seus ouvidos escutassem os
sons do além. E de algum lugar chegou aos ouvidos de Lyla um cântico... 'Hoof and Horn, Hoof and Horn...'E
Lyla caminhou para a Casa Grande. Alguns bruxos ainda insistem em comemorar a Roda do Ano pelo
hemisfério Norte. Isso porém torna-se totalmente sem sentido, já que a
Roda marca os ciclos da Natureza. Porém a escolha depende somente de você.
Tudo sobre a Wicca
|