Orações á Deusa Athena
ORAÇÃO
A DEUSA ATENA
Deusa Atena, ouça a prece
De sua seguidora mais humilde
Gloria Deusa Atena
Busco seu amor, sua força, sua sabedoria
Ajoelho-me aos teus pés, Atena, Deusa-Virgem
Eu a venero e a respeito
Sou tua seguidora mais fiel
Abençoe minha casa e meus familiares
Ajude-me com meu trabalho, meus relacionamentos, minha vida.
"Athena, Hilathi!"
A DEUSA ATHENA
Atena era a Deusa grega da sabedoria e das artes conhecida
como Minerva pelos romanos. Atena era uma Deusa virgem, dedicada a
castidade e celibato. Era majestosa e uma linda Deusa guerreira,
protetora de seus heróis escolhidos e de sua cidade homônima Atenas.
Única Deusa retrata usando couraça, com pala de seu capacete voltada para
trás para deixar a vista sua beleza, um escudo no braço e uma lança na
mão.
Era protetora das cidades das cidades, das forças militares, e Deusa das
tecelãs, ourives, oleiras e costureiras. Atena foi creditada pelos gregos
ao dar à humanidade as rédeas para amansar o cavalo, ao inspirar os
construtores de navios em sua habilidade, e ao ensinar as pessoas a
fazerem o arado, ancinho, canga de boi e carro de guerra. A oliveira foi
seu presente especial a Atenas, um presente que produziu o cultivo das
azeitonas.
Quando Atena era retratada com outro indivíduo, esse sempre era do sexo
masculino. Por exemplo, era vista perto de Zeus na atitude de um
guerreiro de sentinela para seu rei. Ou era reconhecida atrás ou ao lado
de Aquiles ou de Odisseu, os principais heróis gregos de Ilíada e da
Odisséia.Atena era a filha predileta de Zeus, que lhe concedeu muitas das
suas prerrogativas. Ela tinha o dom da profecia e tudo que autorizava com
um simples sinal de cabeça era irrevogável. Ora conduz Ulisses em suas
viagens, ora ensina as mulheres a arte de tapeçaria. Foi ela que faz
construir o navio dos Argonautas, segundo seu desenho e coloca à popa o
pau falante, cortado na floresta de Dodona, o qual dirigia a rota,
advertindo perigos e indicando os meios de os evitar.
A Deusa não conheceu sua mãe, Métis.
Nesse primeiro relato do mito, o ato de engolir a esposa grávida e a
filha nascer da cabeça do pai, nos faz lembrar do nascimento de Eva da costela
de Adão. É bem sugestivo que tanto Atena como Eva se associem com a
serpente: as vezes a serpente inclusive podia aparecer no lugar de Atena,
e na Gênesis a serpente tem, as vezes, o rosto de Eva, enquanto que o
significado que são dadas as essas imagens são muito diferentes. Porém,
em ambos os mitos a Mãe Natureza perde força e o macho se apropria de
seus poderes como doadora de vida.
Habitualmente, considerava-se Atena e Palas como o mesma divindade. Os
gregos até juntaram os dois nomes: Palas-Atena. Entretanto, muitos poetas
afirmaram que essas duas divindades não poderiam ser confundidas. Palas,
chamada Tritônia, de olhos verdes, filha de Tritão, fora encarregada da
educação de Atena. Ambas se apraziam nos exercícios das armas.
Certa vez, conta-se que elas se desafiaram. Atena teria saído ferida se
Zeus não tivesse colocado a égide diante de sua filha; Palas ao ver tal
ficou aterrorizada, e enquanto recuava olhando para a égide, Atena
feriu-a mortalmente. Veio-lhe depois um profundo sentimento de culpa e
para se consolar fez esculpir uma imagem de Palas, tendo a égide sobre o
peito. Consta que é essa imagem ou estátua que mais tarde ficou sendo o
famoso Paládio de Tróia.
Atena e Zeus
Zeus, na mitologia grega, repete os padrões de comportamento de seu pai
Cronos e de seu avô Urano. Como eles, destinatários de um oráculo segundo
o qual um filho os destronará, Zeus teme por sua autoridade. Quando Métis
engravida, ingere-a, imitando assim o procedimento do pai Cronos, que
engolia os filhos. Se a estratégia defensiva de Cronos era cooptação das
novas possibilidades de vida, já Zeus é bem mais eficiente, pois tenta
incorporar o elemento feminino propriamente dito, a mãe de novas
possibilidades. O que pode até parecer um ato de integração, é na verdade
um inteligente golpe com a intenção de privar o inconsciente de seu poder
criativo. Zeus pensava em integrar os desafios e as resistências
inconscientes compondo-os em uma aliança com a atitude dominante,
utilizando inclusive o inconsciente para suas metas.
Logicamente fracassa, pois não contava com a implacável hostilidade das
"mães" da consciência lunar e dá à luz a Atena: o "justo
equilíbrio".
Diferentemente de Zeus, Atena tem um ativo interesse pelas questões da
humanidade e é ela que intervém no trágico destino de Orestes, perseguido
pelas Erínias, que acabou sendo julgado por ter praticado matricídio:
"Orestes, uma vez já o salvei
Quando fui árbitro das colinas de Ares
E rompi o nó votando em seu favor.
Que agora seja lei: aquele que obtém
Um veredito igualmente repartido ganha
Sem causa."
(Eurípedes, "Ifigênia em Taurus", 1471-1475)
A nota de misericórdia nessa fala indica sua propensão a favorecer a
manutenção das possibilidades de vida e a deixar transpirar a inclinação
de Atena para a adoção prática da função de consciência lunar nos
assuntos atinentes à justiça.
Entretanto, a Deusa Atena dentro do mundo do Olimpo é profundamente
influenciada por sua inquestionável aliança com o pai. Atena pertence ao
pai, Zeus. Por conseguinte, Atena é uma Deusa que representa uma versão
pouco expressiva da consciência matriarcal. Ela representa, na realidade,
uma tentativa de fazer com que a consciência solar (animus) incorpore
alguns aspectos da consciência lunar (anima). Atena amplia os horizontes
de Zeus, interioriza e suaviza o cosmo patriarcal, mas não desafia de
maneira fundamental os pressupostos olímpicos. Em vez disso, ela lhe
oferece apoio e introduz no seu mundo da consciência um pouco de reflexão
estratégica e momentos de interioridade.
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