Historia dos incensos
Histórico dos incensos:
Egípcios: são, talvez, os mais antigos na arte da
manufatura e do uso de incensos. O mais famoso incenso egípcio é o Kyphi
(ou Khyphi), que era produzido dentro de um templo e sob ritual altamente
secreto. Era um composto de efeito muito benéfico, e Plutarco o definia
como: "O incenso tem dezesseis (16) ingredientes, número que
constitui o quadrado de um quadrado e tais ingredientes são coisas que, à
noite, deliciam. Tem o poder de adormecer as pessoas, iluminar os sonhos
e relaxar as tensões diárias, trazendo a calma e quietude àqueles que o
respiram." Um dos seus ingredientes é o popular olíbano, árvore
considerada sagrada, e durante a poda ou a coleta da resina, os homens
deviam se abster de contato sexual ou com a morte. Plutarco forneceu a
lista dos 16 ingredientes usados na preparação desse incenso: mel, vinho,
passas, junco doce, resina, mirra, olíbano, séseli, cálamo, betume,
labaça, thryon, as duas espécies de arcouthelds, caramum e raiz de Íris.
Hindus: sempre foram apaixonados por aromas agradáveis
e, a Índia (nos tempos antigos) sempre foi celebre por seus perfumes. A
importação de incenso da Arábia foi uma das primeiras, mas outros
materiais aromáticos também eram usados, como: benjoim, resinas, cânfora,
sementes, raízes, flores secas e madeiras aromáticas. O sândalo era um
dos itens mais populares da época. Esses materiais eram queimados em
rituais públicos ou em casa.
Judeus: no Velho Testamento encontram-se várias
referências ao seu uso entre os judeus. Geralmente os pesquisadores
concordam que a queima do incenso só foi introduzida no ritual judaico em
torno do século VII antes de Cristo. O primeiro incenso era composto de
poucos ingredientes: estoraque, onicha, gálbano e olíbano puro, e sua
preparação era semelhante aos sacerdotes egípcios.
Gregos: começou a ser difundido no século VIII a.C.,
vindo da Fenícia.
Budistas: começou a ser difundido por volta do século VII
a.C.; e junto com os perfumes, constituía uma das sete oferendas
sensoriais, que formam um dos sete estágios de adoração.
Romanos: muito utilizado na Festa do Pastor, junto com
ramos de oliveira, louros e ervas, assim com da mirra e açafrão.
Cristãos: foram os que mais demoraram a adotar o incenso
em seus ritos. Só após o século V, seu uso foi aumentando lentamente. Por
volta do século XIV, tornou-se parte da Missa Solene e outros serviços.
Islâmicos: não há refêrencia ao seu uso no sentido
religioso, mas a tradição nos mostra que o seu perfume pode ser usado
como uma referência aos mortos.
Outros cultos: é um acessório comum às cerimonias mágicas,
para neutralizar as energias negativas, por exemplo, ou usado nos métodos
de encantamentos. As letras do nome da pessoa para qual é feito o
encantamento indicam qual o perfume necessário. Os materiais mais usados
são: olíbano, benjoim, estoraque, sementes de coentro, aloés (babosa),
entre outros.
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