A historia das ervas
As ervas têm sido usadas para curar o corpo desde os tempos
pré-históricos, e o estudo das ervas medicinais data de mais de cinco mil
anos, na época dos antigos sumerianos.
Os remédios de ervas são um sustentáculo na medicina tradicional
chinesa, e o livro de ervas mais antigo de que se tem conhecimento é o
chinês Pen-teüo, escrito pelo imperador Shen-nung (3737-2697 a.C.). Estão
registrados nesse livro mais de 300 preparados com ervas medicinais.
Os antigos egípcios também usaram remédios de ervas, e, de acordo
com um registro antigo chamado Papiro Ebers, houve perto de 2.000
doutores em ervas praticando sua arte no Egipto por volta do ano 2.000
a.C.
Foram encontrados livros sobre ervas dos antigos gregos, que
estudaram suas qualidades medicinais e registraram muitas observações.
Segundo o filósofo grego, botânico e autor Teofrasto, mais de 300 ervas
medicinais cresciam no jardim de Aristóteles.
No primeiro século da era cristã, o primeiro tratado europeu sobre as
propriedades e uso medicinal das ervas foi compilado por Dioscórides,
médico grego.
A cura pelas ervas foi rito importante em várias religiões
pré-cristãs. Referências que se repetem aparecem até nos Antigo e Novo
Testamentos da Bíblia, independente do fato de a igreja cristã primitiva
ter preferido a cura pela fé à prática formal da medicina, a qual tentou
proibir.
As tribos indígenas da América do Norte utilizavam ervas tanto para
curar como para a prática da magia e descobriram utilidade para quase
todas as plantas nativas. Seu conhecimento inestimável de inúmeros
medicamentos botânicos foi passado para os colonizadores brancos
europeus nos Estados Unidos e no Canadá.
No ano de 1526, o anónimo Grete
Herball foi o primeiro livro sobre ervas publicado em língua
inglesa. Em 1597, surgiu um dos mais famosos livros dessa era. Foi
chamado de Gerardes Herball e
era um trabalho de John Gerard, cirurgião e farmacêutico inglês do rei
James I. Em 1640, surgiu o livro Theatrum
Botanicum, de John Parkinson, seguido de outro, sobre as influências
astrológicas nas ervas, de Nicholas Culpepper.
À medida que a química e outras ciências médicas rapidamente se
desenvolveram, nos séculos 18 e 19, a medicina das ervas perdeu
popularidade nos Estados Unidos e na Europa, cedendo lugar às drogas
químicas activas e à prática da quimioterapia.
Actualmente, nos Estados Unidos, testemunha-se o ressurgimento do
interesse popular pelas ervas e pêlos produtos derivados, e algumas pessoas
(incluindo wicca-nianos, os seguidores da Nova Era e os que se voltam
para a natureza) estão começando a se afastar dos medicamentos
artificialmente preparados da sociedade moderna para buscar os métodos
mais naturais e antigos da cura.
As ervas são naturais.
Muitas podem ajudar a prevenir e a curar doenças. E, para muitas
doenças, a cura da Mãe Natureza pode ser muito melhor do que as pílulas
sintéticas de sabor desagradável produzidas pelo homem e que proporcionam
alívio temporário dos sintomas, mas não erradicam a causa da doença.
NOTA: muitas doenças actuais precisam dos métodos actuais de tratamento.
No caso de condições emocionais ou físicas crónicas ou sérias,
recomenda-se algum tratamento médico profissional a ser imediatamente
procurado.)
Muitos Wiccanianos apreciam plantar seus próprios jardins de ervas;
entretanto, a maioria das ervas medicinais (e mágicas) pode ser obtida
também em lojas de produtos naturais, floras, supermercados e até nas
florestas ao longo das estradas, se você conhecer o que está procurando.
CUIDADO: muitas ervas são venenosas e podem causar doenças brandas ou graves
e, em alguns casos, até a morte. Você nunca
deverá tentar colher ervas selvagens para uso medicinal, a menos que seja
especialista ou esteja acompanhado de um herbalista experimentado e
treinado.
Fonte: “O livro das ervas, magia e sonhos” de Gerina Dunwich
Tudo sobre esoterismo
|