Historia dos Banhos Mágicos

Banhos Mágicos
O uso das ervas com fins alimentares, medicinais e mágicos foi usufruído
por todas as culturas muito antes de aprendermos a lidar até mesmo com a
escrita.
Podemos encontrar uma menção às propriedades terapêuticas herbais em um
tratado escrito por Shen Wung, imperador chinês que executava
experiências com plantas e ervas; alguns historiadores consideram este
tratado, o Pen-teüo, como o mais antigo relato sobre as propriedades
medicinais das ervas, datando de 3.700 A.E.C - Antes da Era Comum. Shen
Wung acreditava que para cada doença havia uma planta correspondente ao
tratamento e assim desenvolveu muitas pesquisas relacionadas ao
herbalismo.
Os egípcios também se utilizavam das propriedades terapêuticas e mágicas
das ervas na medicina, alimentação, estética e principalmente no processo
de embalsamento. Um papiro datado de 1.500 A.E.C. foi descoberto por
George Ebers e cita que as principais ervas utilizadas pelos povos
egípcios eram: tomilho, erva doce, coentro, alho, cebola, cominho e a
papoula.
As ervas assumem um papel ainda maior na vida das pessoas próximo ao ano
1.000 A.E.C., na Índia, onde se desenvolveu um enorme interesse em
prolongar e melhorar a qualidade da vida. As ervas eram vistas como
filhas dos deuses e somente poderiam ser colhidas por mulheres puras e
virgens.
No século X, em Salerno, Itália, foi criada uma faculdade que reunia todo
o conhecimento da Antiguidade acerca das ervas com fins terapêuticos e
energéticos. Essa faculdade foi tida como exemplo aos outros centros de
estudos da Europa por suas pesquisas muito bem fundamentadas e suas
instalações.
Eis que em 17 de dezembro de 1493 nasce Phillipus Aureolus Theophrastus
Bombastus von Hohenheim, popularmente conhecido como Paracelso, um famoso
médico, alquimista, astrólogo e físico sueco. Formado em Medicina com
apenas 17 anos, Paracelso viajou por muitos países para conhecer melhor
as propriedades mágicas e medicinais de ervas e minerais com o auxilio de
alquimistas (mesmo não se considerando um Mago, Paracelso adotava algumas
técnicas mágicas em seus estudos, como o uso de assinaturas planetárias e
pantáculos para curar enfermidades). Paracelso também trabalhou sob a
Teoria das Assinaturas, onde se acredita que uma planta ou erva
representa através de seu formato e cor sua finalidade medicinal e
mágica. Podemos citar como exemplo a maçã: sua casca avermelhada era
associada ao sangue e à menstruação, tornando a maçã um bom remédio
depurativo e regularizador do ciclo menstrual. Essa Teoria das
Assinaturas foi muito utilizada nos séculos XVIII e XIX e reflete o antigo
provérbio latino similia similibus curantur – semelhante cura
semelhante.
No século XIX, a Revolução Industrial espalhava por todo o mundo a idéia
de que o trabalho humano deveria ser substituído por maquinários e o
poder curativo das ervas deveria ser ridicularizado, pois todos já eram
evoluídos suficientemente para não acreditarem em coisas divinas, não
tinham tempo nem para adoecerem e as exorbitantes jornadas de trabalho
não os deixava nem ao menos raciocinar.
No Brasil, possuímos uma imensa quantidade de ervas em nossas florestas e
que são velhas conhecidas dos xamãs e pajés. Os herbalistas que vieram ao
Brasil no início da colonização ficaram espantados com a riqueza herbal
que dispúnhamos, mas seus superiores não atentavam muito para este fato por
estarem tão obcecados pelo dinheiro e acreditar que este conhecimento
herbal se misturava demais com o folclore indígena, portanto, não merecia
ser levando em consideração.
Hoje podemos
dizer que vivemos em um novo tempo, a Roda da Fortuna girou muitas vezes
e estamos dando mais atenção ao nosso ambiente, ervas e plantas. Estamos
despertando nossa consciência para os poderes contidos dentro das ervas,
plantas, raízes, sementes e cascas.
Dentro da Wicca, do esoterismo e das técnicas de terapias alternativas,
uma das maneiras mais práticas e gostosas para se trabalhar com as
energias herbais é através de banhos mágicos, onde mudamos a tonalidade
de nossa aura e passamos a vibrar e, consequentemente, atrair aquilo
almejamos, como amor, prosperidade, saúde e sensualidade, além de
efetuarmos uma purificação em todos os níveis existenciais.
O hábito de banhar-se, hoje tão corriqueiro, já foi considerado pecado no
passado, pois era visto como uma luxúria, um zelo excessivo para com o
nosso corpo. Durante a Idade Média a Igreja ligou o banho a um ritual
pagão e fez com que a Europa deixasse de se banhar durante séculos, a
única coisa nesse sentido que eles poderiam fazer, além de aturar o terrível
odor, era lavar as suas mãos antes das refeições, por uma questão de
“bons modos”. Segundo Jerônimo Teixeira (revista VEJA, edição 2038, 12 de
dezembro de 2007), durante a Idade Média, na Europa, era costume
banhar-se apenas três vezes por ano (provavelmente em vésperas de
festividades religiosas). Posteriormente, a partir de 1800, o banho
passou a ser visto com mais naturalidade e perceberam que a água não
atraia espíritos demoníacos e muito menos o ato de banhar-se era
pecaminoso, como se acreditava. Foi nessa época que surgiram as primeiras
casas de banhos. Mas nem todos os países se libertaram deste conceito
equivocado cristão, a Filadélfia, por exemplo, detinha as pessoas que
tomassem mais de um banho por mês, por acreditarem que ela estaria infringindo
os bons costumes locais.
No Brasil, o hábito de banhar-se sempre foi muito bem visto, pois nossos
índios acreditavam que a água era sagrada, um líquido dos deuses capaz de
limpar o nosso corpo e “lavar a nossa alma”. Nossos índios eram
aconselhados pelos pajés e caciques a tomarem banhos de rio, cachoeira e
mar para se livrar de energias negativas.
O objetivo deste
livro é mostrar a você, sem mistérios ou purpurina, os efeitos mágicos
dos banhos em nossas vidas. Uma forma de magia totalmente prática e
eficiente para alterar nossas vibrações e atrair aquilo que queremos.
Vamos discorrer sobre a história dos banhos mágicos, ritualização das
ervas, aprenderemos a utilizar os catalisadores mágicos corretamente e
conheceremos as propriedades mágicas das ervas e dos cristais!
Seja bem vindo a este novo mundo mágico que se descortina à sua frente e
aproveite para colocar em prática tudo o que aprender neste livro,
ousando, inclusive, criar suas próprias receitas de banhos, pois quando
atraímos amor e prosperidade para nós, na verdade, também estamos
atraindo para todos à nossa volta, tornando o mundo mais alegre, positivo
e mágico!
Que todos
sejamos abençoados e nossos banhos perfumados!
~ Bruno
Matsushita
Extraído de ''Banhos Magicos'', de
Bruno Matsushita
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