Preparação dos banhos
Em todos os banhos, onde se usam as ervas, devemos nos preocupar com
alguns detalhes. Leia com atenção as indicações a seguir para ter a
certeza de um banho eficaz.
A colheita deve ser feita em fases lunares positivas, devido a abundância
de prana.
Ao adentrar numa mata para colher ervas ou mesmo num jardim, saudamos
sempre os deuses responsáveis pelas folhas (no Candomblé é um Orixá, mas
pode ser considerado como um ser encantado, com responsabilidades e
atuações limitadas).
Antes de colhermos as ervas, toquemos levemente a terra, para que
descarreguemos nossas mãos de qualquer carga negativa, que é levada para
o solo.
Não utilizar ferramentas metálicas para colher, dê preferência em
usar as próprias mãos, já que o metal faz com que diminua o poder
energético das ervas.
Normalmente usamos folhas, flores, frutos, pequenos caules, cascas,
sementes e raízes para os banhos, embora dificilmente usamos as raízes de
uma planta, pois estaríamos matando-a.
Colocar as ervas colhidas em sacos plásticos, já que são elementos
isolantes, pois até chegarmos em casa, estaremos passando por vários
ambientes.
Lavar as ervas em água limpa e corrente.
Os banhos ritualísticos, devem ser feitos com ervas frescas, isto é,
não se demorar muito para usá-las, pois o prana contido nelas, vai se
dispersando e perde-se o efeito do banho.
A quantidade de ervas, que irão compor o banho , são 1 ou 3 ou 5 ou 7
ervas diferentes e afins com o tipo de banho.
Por exemplo, num banho de defesa, usamos três tipos de ervas (guiné,
arruda e alecrim).
Não usar aqueles banhos preparados e vendidos em casas de artigos
religiosos, já que normalmente as ervas já estão secas, não se sabe a
procedência nem a qualidade das ervas, nem se sabe em que lua foi
colhida, além de não ter serventia alguma, é apenas sugestivo o efeito.
Alguns banhos, são feitos com água fria e as plantas são masceradas
com as próprias mãos e só depois, se for o caso, adicionar um pouco de água
quente, para suportar a temperatura da água.
Banhos feitos com água quente, devem ser feitos por meio da abafação
e não fervimento da água e ervas, isto é, esquenta-se a água, até quase
ferver, apague o fogo, deposite as ervas e abafe com uma tampa, mantenha
esta imersão por uns 10 minutos antes de usar. Alguns dizem que a água
quente não é eficiente para um banho, mas esquecem que o elemento Fogo,
também faz parte dos rituais. A água aquecida “agita” a mistura,
liberando o prana das ervas.
Acender uma vela para a Deusa e manter-se em meditação e
concentração, já que se está realizando um ritual.
Os banhos devem não devem ser feitos nas horas abertas do dia (06
horas, 12 horas ou meio-dia, 18 horas e 24 horas ou meia-noite), pois as
horas abertas são horas “livres” onde todo o tipo de energia “corre”. Só
realizamos banhos nestas horas, normalmente os descarregos com ervas,
quando uma entidade o prescrever (normalmente um exu).
Não se enxugar, esfregando a toalha no corpo, apenas, retire o
excesso de umidade, já que o esfregar cria cargas elétricas (estática)
que podem anular parte ou todo o banho.
Embora todo o corpo será banhado, a parte da frente do corpo é que
devemos dar maior atenção, já que estão as “portas” dos chacras, além da
parte frontal possuir uma maior polaridade positiva, que tem propriedades
elétricas de atrair as energias negativas e que são eliminadas com o
banho, recebendo carga positiva e aceleradora.
Após o banho, é
importante saber desfazer-se dos restos das ervas. Aquilo que ficou sobre
o nosso corpo, nós retiramos e juntamos com o que ficou no chão.
Colocamos tudo num saco plástico e despachamos aquilo que é
biodegradável, em água corrente.
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