Detente
O Papa Pío IX concedeu no
ano de 1872, uma indulgência de 100 dias uma vez ao dia a todos os fieis
que usarem ao redor de seus pescoços este emblema piedoso e rezarem um
Pai-Nosso, Ave-maria e Glória.
O que é um Detente? Uma
armadura espiritual?
É um poderoso Escudo que
a Divina Providência colocou à nossa disposição, a fim de nos proteger
contra os mais diversos perigos que enfrentamos em nosso dia-a-dia.
Para isso, basta levá-lo
consigo, não havendo necessidade de ser bento, pois o bem-aventurado Papa
Pio IX estendeu sua bênção a todos os Escudos — como veremos adiante.
Detente, ou Escudo do
Sagrado Coração de Jesus — também conhecido como bentinho, salvaguarda,
ou mesmo como pequeno escapulário do Sagrado Coração — é um emblema com a
imagem do Sagrado Coração e a divisa:
Alto! O Coração de Jesus
está comigo.
Venha a nós o Vosso
Reino!
É comum levarmos no
bolso, ou em nossas carteiras, pastas etc., fotografias de pessoas a quem
muito queremos (pais ou filhos, por exemplo).
Assim, ter consigo o
Detente é um meio de expressar nosso amor ao Sagrado Coração de Jesus;
sinal de nossa confiança em sua proteção contra as armadilhas do demônio
e perigos de toda ordem.
Levando conosco esse
Escudo, estaremos continuamente como que afirmando: Alto! Detenha-te,
demônio; detenha-se toda maldade; todo perigo; todo desastre; detenham-se
todos os assaltos; todas as balas de bandidos; todas as tentações;
detenha-se todo inimigo; toda enfermidade; detenham-se nossas paixões
desordenadas — pois o Sagrado Coração de Jesus está comigo!
Portar esse Escudo
auxilia-nos, além dessas e de tantas outras proteções, a recordar
continuamente as promessas do Sagrado Coração de Jesus; é símbolo de
nossa total confiança na proteção divina; é um sinal de nossa permanente
súplica e fidelidade a Nosso Senhor e um pedido de que Ele faça nossos corações
semelhantes ao d’Ele.
Origem do Escudo do
Sagrado Coração de Jesus
Santa Margarida Maria
Alacoque — como testemunha sua carta, escrita no dia 2 de março de 1686,
dirigida à sua Superiora, Madre Saumaise — transcreve um desejo que lhe
fora revelado por Nosso Senhor:
“Ele deseja que a Senhora
mande fazer uns escudos com a imagem de seu Sagrado Coração, a fim de que
todos aqueles que queiram oferecer-Lhe uma homenagem, os coloquem em suas
casas; e uns menores, para as pessoas levarem consigo”.
Nascia, assim, o costume
de portar esses pequenos Escudos.
Essa santa devota do
Detente portava-o sempre consigo e convidava suas noviças a fazerem o
mesmo.
Ela convencionou muitas
dessas imagens e dizia que seu uso era muito agradável ao Sagrado
Coração.
A autorização para tal
prática, no início, foi concedida somente aos conventos da Visitação.
Depois, foi mais
difundida pela Venerável Ana Magdalena Rémuzat (1696-1730).
A essa religiosa, também
da mesma Ordem da Visitação, falecida em alto conceito de santidade,
Nosso Senhor fez saber antecipadamente o dano que causaria uma grave
epidemia na cidade francesa de Marselha, em 1720, bem como o maravilhoso
auxílio que os marselheses receberiam com a devoção a seu Sagrado
Coração.
A referida visitandina
fez, com a ajuda de suas irmãs de hábito, milhares desses Escudos do
Sagrado Coração e os repartiu por toda a cidade onde grassava a peste.
A história registra que,
pouco depois, a epidemia cessou como por milagre.
Não contagiou muitos
daqueles que portavam o Escudo, e as pessoas contagiadas tiveram um
extraordinário auxílio com essa devoção.
Em outras localidades
ocorreram fatos análogos.
A partir de então, o costume se estendeu por outras
cidades e países.
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