Novena
ao Santíssimo Sacramento
Orações finais para todos
os dias
Pai-Nosso.
Oração de pedido humilde
e confiante
Senhor, concedei-me todas
as graças espirituais e temporais que sabeis serem úteis à minha alma;
Socorrei os meus
parentes, benfeitores, amigos e almas do Purgatório. Amém.
Jaculatórias
Graças e louvores se dêem
a todo momento, ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento.
Jesus, eu confio em Vós!
Primeiro Dia
Leitura Bíblica: (Jo
6,22-27)
"No dia seguinte, a
multidão que permanecera no outro lado do mar percebeu que aí havia um
único barco e que Jesus não tinha entrado nele com os seus discípulos;
eles haviam partido sozinhos.
Outros barcos chegaram de
Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão.
Quando a multidão viu que
Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiu aos barcos e veio
para Cafarnaum, à procura de Jesus.
Encontrando-o do outro
lado do mar, disseram-lhe:
Rabi, quando chegaste
aqui? Respondeu-lhes Jesus:
Em verdade, em verdade
vos digo: vós me procurais, não por terdes visto sinais, mas porque
comestes dos pães e vos saciastes.
Trabalhai, não pelo
alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna,
alimento que o Filho do Homem vos dará, pois Deus, o Pai, o marcou com um
selo."
Reflexão Teológica:
Conforme uma feliz
expressão de São Tomás, citado pelo Concílio Vaticano II, a Eucaristia é
"a plenitude da vida espiritual.
Temos na Eucaristia tudo
aquilo que Deus fez e fará para os homens na história da Salvação".
"Na Eucaristia
encerra-se todo o bem espiritual da Igreja, isto é, o mesmo Cristo."
Participar na Eucaristia
significa não somente receber o Cristo para a nossa salvação, mas também
nos empenharmos como sacrifício pessoal, através de uma maior
disponibilidade para servir aos outros.
Por isto disse Jesus:
"Fazei isto em
memória de mim."
A Missa é sacrifício de
Cristo e sacrifício da comunidade.
Terminar com as orações
finais.
Segundo Dia
Leitura Bíblica: (Jo
6,28-33)
"Disseram-lhe então:
"Que faremos para trabalhar nas obras de Deus?"
Respondeu-lhes Jesus: A
obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou.
Então lhe perguntaram:
"Que sinal realizas,
para que vejamos e creiamos em ti?
Que obra fazes? Nossos
pais comeram o maná no deserto, como está escrito:
Deu-lhes pão do céu a
comer".
Respondeu-lhes Jesus: Em
verdade, em verdade, vos digo:
Não foi Moisés quem vos
deu o pão do céu, mas é meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do céu,
porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo."
Reflexão Teológica:
A comunidade que
participa da Eucaristia é convidada a oferecer-se unida ao sacerdote.
Portanto, não basta
unir-se em oração, louvar o Senhor pelos favores que nos proporcionou, e
rezar pedindo ajuda e apoio.
É necessário se empenhar
pessoalmente numa oferta espiritual.
O que oferecer? O nosso
modo de ser, o nosso modo de agir e de viver, para que se torne cada vez
mais conforme o que Deus deseja de suas criaturas.
Isto é trabalhar nas
obras de Deus.
A Eucaristia não alcança
plenamente o seu fim, se não for um culto em espírito e verdade, como
Jesus Cristo falou sobre isto em diálogo com a samaritana, mostrando quem
são os verdadeiros adoradores:
Um culto empenhado em
nossa vida e que nos faça testemunhas convictas do amor de Cristo, o
Caminho, a Verdade e a Vida.
Terminar com as orações
finais.
Terceiro Dia
Leitura Bíblica: (Jo
6,32-35)
"...Em verdade, em
verdade, vos digo:
Não foi Moisés quem vos
deu o pão do céu, mas é meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu,
porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo.
Disseram-lhe:
"Senhor, dá-nos sempre deste pão".
Jesus disse: Eu sou o pão
da vida."
Reflexão Teológica:
Quis Jesus que a
Eucaristia tomasse a forma de banquete.
A grandeza desse banquete
decorre do fato de que o mesmo Cristo quis ser para os seus comida e
bebida.
A Eucaristia mostra de
verdade as relações de amizade que estreitou com os discípulos e de
tornar esta intimidade ainda mais profunda, porque ele não quer somente
permanecer com os seus, mas ficar neles.
E pede a eles permanecer
com Ele e ficar n'Ele.
Foi esta a intenção pela
qual Cristo desejou ardentemente comer a Páscoa com os seus, antes de
morrer. (Lc 22,15).
Terminar com as orações
finais.
Quarto Dia
Leitura Bíblica: (Jo 6,
35-40)
"Jesus disse-lhes
"EU SOU" o pão da vida.
Quem vem a mim, nunca
mais terá fome e o que crê em mim nunca mais terá sede.
Eu, porém, vos afirmo:
vós me vedes, mas não acreditais.
Todo aquele que o Pai me
der virá a mim e quem vem a mim eu não rejeitarei, pois desci do céu não
para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou, e a
vontade daquele que me enviou é esta: que eu não perca nada dos que me
deu, mas o ressuscite no último dia.
Sim, esta é a vontade de
meu Pai:
Quem vê o Filho e nele
crê tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia."
Reflexão Teológica:
A instituição da
Eucaristia permitiu a Jesus realizar a sua mais profunda aspiração, a de
estabelecer a mais íntima união com aqueles que amava e pelos quais
estava para consumar sobre a Cruz a sua existência terrena.
Permitiu-lhe também
renová-la, multiplicando-a no tempo e no espaço.
Assim se compreende também
por que Jesus exigiria da parte dos Doze uma adesão de fé na Eucaristia,
e por que deixaria ir aqueles que recusaram crer na promessa de sua carne
ser dada em alimento e seu sangue ser dado em bebida.
Era uma recusa de
intimidade com Ele, à qual Cristo, não para o seu mas para o nosso bem,
atribuía um grande valor.
O drama das relações
entre Deus e os homens encontra sua profundidade na Eucaristia, porque o
dom extremo barra contra a indiferença e a incredulidade de muitos, se dá
na Eucaristia porque precisamos dela para viver com sinceridade o nosso
empenho cristão.
Terminar com as orações
finais.
Quinto Dia
Leitura Bíblica: (Jo 6,
41-46)
"Os judeus
murmuravam, então, contra ele, porque dissera:
"Eu sou o pão
descido do céu".
E diziam: "Este não
é Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe conhecemos?
Como diz agora: "Eu
desci do céu?" Jesus lhes respondeu:
Não murmureis entre vós.
Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu o
ressuscitarei no último dia.
Está escrito nos
profetas: E todos serão ensinados por Deus.
Quem escuta o ensinamento
do Pai e dele aprende, vem a mim.
Não que alguém tenha
visto o Pai: só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai."
Reflexão Teológica:
Não nos esqueçamos que na
intenção de Jesus a Comunhão não é recompensa para os justos e para os
puros, mas conforto, sustento e auxílio para os débeis e fracos.
Quando Pio X quis
promover a Comunhão freqüente, declarou em particular que a Comunhão
cotidiana é o remédio cotidiano para as cotidianas fraquezas e
fragilidades.
Por outro lado, quem pode
permanecer tão puro e tão digno para merecer e receber a Comunhão?
Antes que Ele venha a
nós, todos sentimos a necessidade de repetir com convicção:
"Senhor, eu não sou
digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei
salvo".
Sabemos que precisamente
foi esta a atitude do publicano, bem evidenciada na parábola evangélica,
que agradou ao Senhor mais do que o fariseu, que se considerava perto da
perfeição.
Terminar com as orações
finais.
Sexto Dia
Leitura Bíblica: (Jo 6,
47-51)
"Em verdade, em
verdade, vos digo: aquele que vrê tem a vida eterna.
Eu sou o pão da vida.
Vossos pais comeram o maná no desrto e morreram.
Este pão é o que desce do
céu para que não pereça quem dele comer.
Eu sou o pão vivo descido
do céu.
Quem comer deste pão
viverá eternamente. vO pão que eu darei, é a minha carne para a vida do
mundo."
Reflexão Teológica:
O sinal de banquete é
expressivo: come-se para recuperar as energias perdidas, ou para reforçar
aquela que já possuímos.
Quanto mais tomamos
consciência da nossa fraqueza e das nossas necessidades espirituais, mais
devemos recorrer a este sacramento e crer na força que Cristo Eucarístico
quer nos comunicar.
Todos nós temos tanta
necessidade de coragem, paciência e perseverança no bem.
O preceito de Jesus, de
nos amarmos mutuamente como Cristo nos amou, é exigente.
Isto exige de nossa parte
fortes reservas de devoção autêntica, de bondade, de compreensão que
pessoalmente não possuímos e que nos são oferecidas de uma maneira
particular pela Eucaristia.
Se a Eucaristia fosse
mais recebida sempre como força de amor, a reconciliação entre os homens
seria mais fácil e mais freqüente; mais generoso seria também o perdão
pelas ofensas recebidas.
Terminar com as orações
finais.
Sétimo Dia
Leitura Bíblica: (Jo
6,52-59)
"Os judeus
altercavam-se, dizendo:
Como este homem pode
dar-nos a sua carne a comer?
Jesus lhes respondeu
então:
"Em verdade, em
verdade, vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não
beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.
Quem come a minha carne e
bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia.
Pois a minha carne é
verdadeira comida e meu sangue, verdadeira bebida.
Quem come a minha carne e
bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.
Assim como o meu Pai, que
vive, me enviou e eu vivo pelo Pai, também aquele que comer de mim viverá
por mim.
Este é o pão que desceu
do céu.
Ele não é como o que os
vossos pais comeram e pereceram; quem come este pão viverá para
sempre."
Reflexão Teológica:
O sinal do banquete
eucarístico, verdadeiramente exprime a profunda realidade de uma Comunhão
com a pessoa de Cristo, a doação de sua vida e de seu espírito como
princípio de vida nova, o esforço de sua assimilação e a participação ao
seu sacrifício.
Entre as disposições que
a celebração Eucarística suscita e desenvolve, uma das mais
características é a alegria.
Pois o Cristo Eucarístico
é o Cristo Ressuscitado;
Ele traz consigo a grande
alegria da Ressurreição, do triunfo e da Vitória, como Ele mesmo
prometera:
"O vosso coração
alegrar-se-á, e ninguém poderá tirar-lhes a alegria". (Jo 16,22).
Graças à Eucaristia, a
vida cristã pode desenvolver-se num clima de alegria expressiva.
A participação à
Eucaristia tende a renovar o impulso que anima os cristãos, faz com que a
religião não se torne um peso insuportável de obrigações, que nos torna
resignados ou nos neguemos a carregar este peso, mas uma expressão de
vida e regozijo profundo.
A Comunhão do Corpo e do
Sangue de Cristo, outra coisa não faz que mudar-nos naquilo que com fé
assimilamos.
Terminar com as orações
finais.
Oitavo Dia
Leitura Bíblica: (Jo 6,
60-66)
"Muitos de seus
discípulos, ouvindo-o, disseram:
Esta palavra é dura: quem
pode escutá-la?
Compreendendo que seus
discípulos murmuravam por causa disso, Jesus lhes disse:
"Isto vos
escandaliza?
E quando virdes o Filho
do Homem subir aonde estava antes?
O espírito é que
vivifica, a carne para nada serve.
As palavras que vos disse
são espírito e vida.
Alguns de vós, porém, não
crêem".
Jesus sabia, com efeito,
desde o princípio, quais o que não acreditavam e quem era aquele que o
entregaria.
E dizia: Por isso vos
afirmei que ninguém pode vir a mim, se isto não lhe for concedido pelo
Pai.
A partir de então, muitos
discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele."
Reflexão Teológica:
"O espírito é que
vivifica".
O encontro com Jesus nos
renova.
Neste nosso encontro com
Jesus-Sacramento, devem prevalecer as atitudes próprias da oração
eucarística:
Agradecimento, a oferta
da própria vida, a intenção de por todos os homens agradecer.
Devemos renovar diante de
Cristo a nossa Comunhão com Ele, no sacramento de sua presença.
Tal Comunhão se realiza
com o colóquio familiar de palavras ou de silêncio, daquele que é a
Palavra feita carne, resposta definitiva da vontade do Pai, e que em
síntese contém todas as palavras da revelação.
É diante do Tabernáculo
que a oração nas suas formas mais simples e nas mais elevadas igualmente
tem o valor e lugar privilegiado.
Terminar com as orações
finais.
Nono Dia
"Então, disse Jesus
aos Doze: "Não quereis também vós partir?"
Simão Pedro
respondeu-lhe: "Senhor, a quem iremos?
Tens palavras de vida
eterna e nós cremos e reconhecemos que és o Santo de Deus".
Respondeu-lhes Jesus:
"Não vos escolhi, eu, os Doze?
No entanto, um de vós é
um demônio!"
Falava de Judas, filho de
Simão, o Isacriotes.
Este, um dos Doze, o
haveria de entregar".
Reflexão Teológica:
Existem tantas maravilhas
no cristianismo, mas corremos o risco de nos acostumarmos, ao ponto de
não mais enxergá-las.
Entre estas maravilhas
está a Eucaristia.
Ao grande desejo de
Cristo, deveria corresponder o nosso desejo de acolhê-lo plenamente na
nossa existência, a fim de produzir em nossa vida de cada dia todos
aqueles frutos de caridade, dos quais os homens e nossos irmãos
necessitam.
Consultamos realmente e
com frequência Cristo Eucarístico para os nossos problemas e nos momentos
difíceis?
Temos certeza de
encontrar n'Ele a serenidade que procuramos?
"Sem mim, nada
podeis fazer" - disse Jesus.
Seria ideal responder a
estas perguntas como São Pedro:
"Senhor, a quem iremos? Tens palavras de vida eterna
e nós cremos e reconhecemos que és o Santo de Deus".
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