Tríduo
de São João da Cruz
Orações iniciais para
todos os dias
Ato de contrição
Senhor Jesus Cristo, Deus
e homem verdadeiro. Ante a vossa presença divina reconheço que pequei
muitas vezes; e porque Vos amo sobre todas as coisas, pesa-me de Vos ter
ofendido. Ajudado pela vossa divina graça, proponho-me não voltar a cair,
confessar-me e cumprir a penitência que o confessor me impuser. Amem.
Oração preparatória para
todos os dias
Extático São João da
Cruz, meu pai, desde a infância vós fostes inclinado para a piedade e a
religião; vós praticastes as mais elevadas virtudes que vos colocaram num
altíssimo grau de santidade, merecendo assim muitos e muito singulares
favores de Jesus e Maria; fazei santo pai João da Cruz, vos peço, que o
meu coração se afeiçoe a tudo o que seja piedade e religião e tenha
coragem para praticar as virtudes próprias do meu estado, a fim de
caminhar firme e seguro pelo caminho da perfeição e santidade.
Oração final para todos
os dias:
Glorioso São João da
Cruz, meu pai, contemplai-me na vossa presença implorando a vossa proteção.
Vós que tanto agradastes a Jesus e a Maria alcançareis tudo o que lhes
pedirdes; intercedei, pois, por mim que carregado de misérias e faltas
não consigo elevar minha oração ao trono do Senhor.
Eu quero corrigir-me e
emendar a minha vida para servir fielmente ao Senhor. Peço-vos, meu pai
São João da Cruz, que me alcanceis a graça que necessito para vencer a
minha fraqueza e perseverar no caminho do bem até ao fim da minha vida.
Amém.
Meditação do primeiro
dia.
Como árvore plantada
junto às correntes das águas, assim São João da Cruz ia crescendo em
idade, perfeição e santidade. Não lhe era suficiente um ato de piedade ou
uma virtude como se vê em muitos meninos inclinados ao bem; antes
desejava mais, e como cervo sedento corria para as fontes das águas
vivas, que é Jesus, e ali embriagava-se de divino amor, recebia a luz,
calor e força que agigantava o seu espírito preparando-o para lutar
contra o mundo, o demónio e a carne.
Vigiando sempre conforme
o preceito do Senhor e mortificando o seu corpo ficava mais livre a sua
alma para fazer o bem e subir a ladeira do Monte Carmelo em cujo cume se
via a Cruz de Jesus Cristo que ansiava abraçar e nunca mais dela se
separar. Foi assim que abraçando a Cruz o seu espírito de gigante se
transformou, de tal maneira que, como o Apóstolo, podia dizer «já não sou
eu que vivo, é Cristo que vive em mim».
Procurarei imitar o santo
padre João da Cruz, tomarei a firme determinação de corrigir as minhas
faltas e pecados e praticar sempre a virtude a fim de unir-me mais a
Jesus.
Rezar três Pai-Nosso,
Ave-Maria, Glória ao Pai e a oração final.
Meditação do segundo dia.
A reforma da antiquíssima
Ordem do Carmo era obra para um gigante! Muitos trabalharam nela
dedicando-lhe a vida, porém, porque era obra tão grande Deus preferiu
escolher instrumentos mais débeis e não muito apreciados aos olhos do
mundo. Assim, escolheu um pobre e sempre doente monja e um pequeno e
desconhecido frade.
Não teriam sido
escolhidos por Deus nem teriam concluído tão gloriosa reforma se antes
não se tivessem reformado eles mesmos para serem exemplos vivos de
perfeição e ensinar mais com obras que com palavras. Por isso, São João
da Cruz aplicava-se decididamente À oração e à penitência que são as duas
asas com que se ultrapassam todas as dificuldades para depois se ensinar
e servir de guia para os outros.
Na minha oração e
penitência imitarei São João da Cruz, pois desejo reformar-me a mim
mesmo(a) a fim de ser agradável a Deus Nosso Senhor e merecer as bênçãos
do Céu.
Rezar três Pai-Nosso,
Ave-Maria, Glória ao Pai e a oração final.
Meditação do terceiro
dia.
A morte é uma
consequência do pecado. Por isso se diz que assim como foi a vida, assim
é a morte. A São João da Cruz morreu como viveu. A sua vida foi modelo de
virtudes; pela vida passou fazendo o bem à semelhança de Jesus; procurou
sempre e apenas a glória de Deus e o bem das almas, sem se preocupar com
dificuldades e sacrifícios que poderiam custar-lhe; cuidou sempre de
purificar o seu coração do pó da terra para que a fogueira do amor divino
que ardia no seu peito resplandecesse para todos.
Quando se aproximava a
hora que o Senhor lhe havia revelado mais o viam feliz. Estava tranquilo
e sereno, risonho e alegre, como quem vai ver os seus amigos mais
queridos, como quem vai desembarcar numa praia de felicidade e ventura,
como quem tudo entrega docemente a Deus!
Imitemos São João da Cruz
se queremos uma morte tranquila, sossegada e doce. Fujamos de todo o
pecado, pratiquemos a virtude, acendamos em nossos coração a fogueira do
amor divino para que o Espírito Santo nos purifique; e, então, Deus nos
concederá a morte santa dos Santos.
Rezar três Pai-Nosso, Ave-Maria,
Glória ao Pai e a oração final.
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