Orações a Santa Barbara
Padroeira contra
os raios e tempestades
Invocada contra as
trovoadas e contra a morte súbita
Celebra-se a 2 de
Dezembro
Oração a Santa
Bárbara
Ó Santa Bárbara, que sois mais forte que as torres das fortalezas e a
violência dos furacões, fazei com que os raios não me atinjam, os trovões
não me assustem e o troar dos canhões não me abalem a coragem e a
bravura. Ficai sempre a meu lado para que eu possa enfrentar, de fronte
erguida e rosto sereno, todas as tempestades e batalhas de minha vida,
principalmente a de ... (fazer o pedido), para que, vencedor de todas as
lutas, com a consciência do dever cumprido, possa agradecer a vós, minha
protetora e render Graças à Deus, criador do céu, da Terra, e da Natureza
e que tem poder de dominar o furor das tempestades e abrandar a crueldade
das guerras. Amém.
Ficai sempre comigo para me dar forças. Conservai meu coração em paz.
Que em todas as lutas da vida, eu saiba vencer, sem humilhar ninguém.
Santa Bárbara,
rogai por nós.
Rezar 3 Pai
Nosso, 3 Ave Maria e 3 Glória ao Pai.
Oração a Santa
Bárbara
Santa Bárbara bendita,
Que no céu está escrita,
Com papel e agua benta,
Livrai-nos desta tormenta.
Onde vais Bárbara
Senhor, vou ao céu,
A livrar-me das trovoadas,
Que neles andam armados.
Pois Bárbara, bota-as,
Boata-as p´ra bem longe,
Onde não haja sinos a tocar,
Galos a cantar,
E meninos a chorar,
Mas haja uma serpente bem grande,
Que tenha 24 filhos,
E não tenha nada que lhes dar,
Só água de trovão,
E leite de maldição
Oração
A Santa Bárbara
Salvé, Virgem gloriosa,
E Bárbara generosa,
Do Paraíso fresca Rosa,
Lírio da Castidade.
Salvé, ó Virgem toda formosa,
Lavada na fonte da Castidade.
Doce, branda e devota,
Vaso de todas as virtudes.
Salvé, Virgem livre de pecados,
Que ouves o Esposo com voz clara
Que te diz: Vem formosa, vem amada,
Vem, serás coroada.
Salvé, Bárbara serena,
Formosa como a Lua Cheia.
Melodia agradável,
Segues ao Esposo cordeiro.
Salvé, Barbara bem-aventurada,
Que como o Esposo preparado,
Passaste das núpcias,
Para os gozos eternos.
Salvé, fulgente margarita.
Na coroa de Jesus engastada,
Assim na morte como na vida,
Nos sê propícia. Amen.
Reza
a Santa Bárbara, para Acalmar
as trovoadas
Quando troveja as pessoas costumavam dizer a Santa Bárbara a seguinte
reza:
«Santa Bárbara Virgem se levantou e no seu livrinho de
ouro pegou. O Senhor lhe perguntou: Para onde vais Bárbara? Vou juntar
trovoadas que andam pelo mundo espalhadas. Pois Bárbara virgem [vai] e
junta-as para onde não haja pão, nem vinho, nem bafo de menino, nem galo
a cantar, nem boi a urinar. Pela graça de Deus e da Virgem Maria, reza-se
um Pai Nosso e uma Avé Maria».
ou
Lança-se no lume da lareira três raminhos de oliveira benzidos no Domingo
de Ramos.
Novena a Santa Barbara, para sermos
preservados da morte repentina ou imprevista
Senhor, que escolhestes Santa Bárbara para consolar os
vivos e os moribundos, concedei-nos que vivamos sempre no vosso divino
amor e ponhamos toda a nossa esperança nos merecimentos da dolorosíssima
Paixão de vosso Filho, a fim de que a morte não nos colha em estado de
pecado mortal, mas que, munidos dos santos Sacramentos da penitência,
eucaristia e unção, possamos caminhar sem temor para a glória eterna. Nós
vo-lo pedimos pelo mesmo Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Assim seja.
(Fonte: “Novenas para todas as necessidades”, Editora
Artpress )
História
De Santa Bárbara
Era
o século 3... Diocleciano, governador da Nicomédia (Ásia Menor),
procurava controlar a crise de seu Império. Nessa época, crescia muito o
número de cristãos, inclusive entre famílias nobres.
Isto aconteceu também na família de Bárbara, uma jovem bela e de condição nobre.
Seu pai, Dioscuro, era um alto funcionário do Imperador,
e para ele apenas a vontade do Imperador era o que deveria seguir.
Bárbara, porém, acreditava no amor e num mundo mais humano
e mais justo.
Com
o crescimento do cristianismo, as perseguições ficavam cada vez mais
violentas. Muitos convertiam-se e eram batizados pelo bispo Zenão
e se reuniam em lugares secretos para seus encontros de fé.
Bárbara foi catequizada por pessoas
amigas. Com muito amor acolheu em seu coração a doutrina de Jesus.
A
fé de Bárbara ia crescendo e mesmo sem sair de casa ela interessava-se
pelos acontecimentos que lhe chegavam através de suas amigas cristãs.
Enquanto isso, mais cristãos eram sacrificados.
Uma
jovem bela e inteligente como Bárbara, não podia deixar de ter seus
pretendentes. Dioscuro, seu pai, era muito ciumento e temendo que a
beleza de Bárbara atraísse pretendentes que não lhe interessavam, mandou
construir uma torre, onde deixaria Bárbara trancada quando ele
estivesse viajando.
Conta
a tradição que a torre projetada por seu pai tinha duas janelas,
mas Bárbara pediu ao construtor que aumentasse para três, com o intuito de honrar a
Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Bárbara
encontrava-se freqüentemente com suas amigas, e juntas rezavam pelos
cristãos que a cada dia eram presos, maltratados e sacrificados.
Dioscuro
soube que sua filha havia se tornado cristã, e pela primeira vez agrediu Bárbara. Mas ela tentou
explicar-se, dizendo que os cristãos acreditam que todos somos irmãos e
portanto não poderiam aceitar um Império baseado na violência e na
injustiça. Ele porém, se enraiveceu com as palavras de Bárbara e ordenou
que a fechassem na torre. Ela devia ficar lá sem se comunicar com
ninguém.
Nessa
época, sua amiga cristã Mônica também tinha sido presa e o bispo Zenão dera seu testemunho de fé,
sendo martirizado.
Conta
a tradição que certo dia foram dizer a Dioscuro que sua filha havia
favorecido a fuga da prisão de sua amiga Mônica. Ele ficou furioso...
resolveu ir até a torre e forçar Bárbara a prestar homenagem
ao "deus" Júpiter. Bárbara, porém, recusou. Cheio de ódio, Dioscuro
decidiu matá-la com suas próprias mãos. Nesse momento, uma
força misteriosa arrancou Bárbara das mãos de seu pai. A parede onde não
havia nenhuma porta abriu-se e ela saiu ilesa.
Dioscuro
vendo-se vencido, ordenou aos soldados que procurassem sua filha por
todos os caminhos da cidade. Enquanto isso, Bárbara visitou os doentes,
as comunidades cristãs
e ajudava os filhos dos escravos.
Finalmente
os soldados encontraram Bárbara numa gruta, onde fora levar alimento para
alguns doentes.
A
jovem não reagiu à ordem de prisão, sua consciência estava tranqüila. Foi
levada à presença do pai, que conseguiu a permissão do prefeito da cidade
para denunciar
sua filha diante da justiça. Bárbara então foi levada aos juízes, acusada por seu pai de ser cristã.
Diante
da firmeza
de Bárbara, os juízes esqueceram sua origem nobre e condenaram-na. Ao
saber disso, sua mãe Irnéria procurou apelar em seu favor junto do
marido, mas Dioscuro não quis voltar atrás.
Na
prisão Bárbara foi chicoteada. Seu corpo delicado cobriu-se de marcas roxas
e mesmo ferida no corpo e no coração, procurava aumentar sua força interior
através da oração.
Conta
a tradição que num momento de grande oração, uma luz desceu do alto
iluminando as trevas da prisão. E uma voz lhe disse: "Bárbara, você está sofrendo por mim. Vou
confundir seus perseguidores, curando suas feridas".
A visão desapareceu e a jovem sentiu-se cheia de alegria ao perceber que
as feridas de seu corpo haviam desaparecido completamente.
Os
juízes não se conformaram com aquela cura inesperada. Então, tentaram torturá-la pelo fogo.
Mas Deus interveio novamente apagando o fogo.
Dioscuro,
porém, não se deu por vencido. Ordenou aos soldados que levassem Bárbara
pelas ruas da cidade, e a conduzissem debaixo de chicotadas.
O corpo da jovem novamente ficou marcado pela dor. Contudo, Bárbara
contemplou mais uma vez, a presença divina que lhe curou as chagas.
Dioscuro,
promotor do processo, pediu então à justiça a condenação de sua filha:
"Seja morta à espada, como
convém aos membros da nobreza". E ao mesmo tempo pediu
permissão para que ele mesmo executasse a sentença.
Bárbara
e sua amiga Juliana caminharam juntas para o local do martírio. Muitos
cristãos as seguiram. A espada de Dioscuro levantou-se no ar e atingiu o pescoço de Bárbara, que serenamente entregava a Deus sua vida.
Irnéria
chorou muito. Daquele dia em diante, Dioscuro perdeu não só a filha mas
também a companhia da esposa. Ele estava só... E por isso passou a
perseguir ainda mais os cristãos.
Foi
assim que inconscientemente, seus passos o levaram até o monte onde as
duas jovens tinham sido sacrificadas. A terra que tinha sido molhada pelo
sangue inocente, estava coberta de flores. Nesse momento, Dioscuro ouviu
um ruído de trovão. O céu escureceu-se à sua volta, ele sentiu uma grande
angústia e começou a caminhar pelo local, mas um raio fulminante
atingiu-o no peito.
Fonte:
Tommasi, Tarcila. Santa Bárbara - Paulinas, 2003
|