Orações a Santa Ângela de Foligno
1248-1309
Celebra-se a 4 de
Janeiro
Padroeira dos consumistas e apegados
Santa Ângela de Foligno,
nasceu em 1248, em Foligno, na Itália.
Aos 37 anos, perdeu sua
família: filhos, marido e pais.
Resolveu então ingressar
na Ordem Terceira de São Francisco.
Morreu a 4 de Janeiro de
1309, aos
61 anos de idade.
Escreveu sua
autobiografia, uma das obras místicas católicas mais preciosas da Idade
Média.
Seu túmulo fica na igreja
do convento franciscano de Foligno. Viveu uma profunda experiência
mística, após a qual seguiu o exemplo de São Francisco, na pobreza e na
ajuda aos irmãos.
Oração
a Santa Ângela de Foligno
"Ó Deus, Pai e
Senhor nosso, a experiência de Santa Ângela nos ensina o quanto é
agradável a vós a conversão sincera dos corações ao evangelho.
Queremos deixar tudo o
que em nossa vida é injustiça e egoísmo, a fim de conhecer-Vos melhor e
servir-Vos em nossos irmãos, sobretudo os mais necessitados. Amém.
Santa Ângela, rogai por
nós."
Oração
de Santa Ângela de Foligno
Deus, nosso Pai, quando o sofrimento vier nos visitar, e,
na aflição, não quisermos aceitá-lo, dai-nos força para não cairmos no
desespero. Conservai viva e inabalável a nossa esperança. Na hora da dor,
fazei-nos compreender, Senhor: sois vós que lavrais nosso campo e
trabalhais a nossa terra, até que as sementes germinem, cresçam as searas
e produzam em nós abundantes frutos.
Palavras De Santa Angela De Foligno
“Eu, Ângela de Foligno, tive que atravessar
muitas etapas no caminho da penitencia e conversão.
A primeira
foi me convencer de como o pecado
é grave e danoso. A
segunda foi sentir
arrependimento e vergonha por ter ofendido a bondade de Deus. A terceira me confessar de todos os meus
pecados. A
quarta me
convencer da grande misericórdia que Deus tem para com os pecadores que
desejam ser perdoados. A
quinta adquirir um
grande amor e reconhecimento por tudo o que Cristo sofreu por todos nós.
A sexta
sentir um profundo amor por Jesus
Eucarístico. A
sétima aprender a
orar, especialmente rezar com amor e atenção o Pai Nosso. A oitava procurar e tratar de viver em
contínua e afetuosa comunhão com Deus”.
”Quanto mais você rezar, mais luz
receberá; e quanto mais luz receber mais profundamente verá o sumo bem e
a bondade dele definida em todas as coisas. E, quanto melhor e mais
profundamente ver, mais o amará; e quanto mais o amar, mais será feliz; e
quanto mais for feliz, mais compreenderá Deus e será capaz de
entendê-lo”.
Visão
de Santa Ângela de Foligno no dia da Apresentação do Senhor
Eis chegada a hora em que Maria,
Virgem e Rainha, veio ao Templo com seu Filho.
Era o dia da Purificação da
Virgem. Eu estava em Foligno, na Igreja dos Frades Menores.
Subitamente, ouvi uma voz a me dizer: “Eis a hora em que Maria,
Virgem e Rainha, veio ao Templo com seu Filho”. Minha alma ouviu
com grande amor e, tendo ouvido, ficou extasiada; e, em pleno
arrebatamento, vislumbrei a Rainha que entrava, colocando-se diante de
mim, encontrando-me trêmula, de respeito e emoção.
E, no entanto, eu hesitava; tinha
receio de me aproximar. Ela me tranquilizou e estendeu-me Jesus,
criancinha, que levava em seu regaço, dizendo-me: “Ó, tu que amas a meu
Filho, recebe Aquele que amas.” Colocou-o em meus braços, dizendo-me: ”
Ele estava envolto em panos e tinha os olhos fechados como se
dormisse.” A Rainha se sentou. Parecia extenuada. Seus gestos eram
tão belos, sua atitude tão maravilhosa, sua pessoa tão nobre, sua
aparência tão sublime, que meus olhos não podiam fixar-se somente
em Jesus, sendo forçados a olhar, igualmente, para a Sua mãe.
De repente, a criança despertou em
meus braços. Os panos que a cobriam caíram por terra, ela abriu os
olhinhos e olhou para mim. Com aquele olhar, Jesus Menino me dominou,
vencendo-me completamente. Como chama ofuscante o esplendor do seu olhar
e a sua alegria brilhavam. Era de cegar… Então, Ele surgiu em sua
majestade imensa, inefável, e me disse: “Aquele que não me enxergou
criança, pequenino, jamais me verá grande.” E acrescentou: “Vim até você
e estou me oferecendo a você para que você se ofereça a Mim.”
Santa Angela de Foligno, Livre des
visions et instructions n° 45 (Livro das visões e instruções, nº
45)
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